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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cotidiano [Contando os dias e os anos]

Solitário
Seu pai era um rico operário
De uma mina de ouro que nunca se transformou
Na montanha russa que ele sempre desejou

Funcionário
De um bom presidiário
Preso atrás das listras da camisa social
Num paletó de força tão bonito e natural

Quando era pequeno 

Estudava em cadernos
Que seriam melhor aproveitados
Se em folhas de seda fossem confeccionados

Agora que cresceu 

Tem livros de papel-moeda
Primeiro mandamento da selva:Dá dinheiro, se apega!


É no cotidiano
Contando os dias
Contando os anos
Que se percebe
Que o tempo passa
Que a vida cresce
Que a sorte é rasa
Mesmo assim te arrasta
Se você não souber nadar
Mas você nunca sabe nada



Azarado
Poço de petróleo parado
Você encontra todo dia no trânsito
Era isso que queria, se não me engano

Sorteado
O amor da sua vida ao seu lado
você encontra Todas as noite
Mesmo que sua vida 
dure só uma noite

E ainda vem falar que não tem sorte

Mas quando o azar te pega
Pelo menino que reza
Antes de sair de casa para te matar
Por um acaso você sabe rezar?
Reza pra aprender tão rapidamente
Quanto rapta a mente por aqui
Toda essa dor é tão consciente
Sinto, mas é hora de você partir

É no cotidiano
Contando os dias
Contando os anos
Que se percebe
Que o tempo passa
Que a vida cresce
Que a sorte é rasa
Mas mesmo assim te arrasta
Se você não souber nadar
Mas você nunca sabe nada


Pressionado
Pelo medo da morte
Sabe quando sonha que está caindo?
A sensação é a mesma só que mais forte

Você vai passar quanto tempo esperando?
Contando os dias, contando os anos
No cotidiano...

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