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sexta-feira, 26 de abril de 2013

O infinito não se repete

Será que hoje é melhor dia de nossas vidas?
Ou esse dia já foi?
Se o calendário fosse a melhor saída
Estaríamos marcando sempre um dia depois

Se desapegue, pegue os desejos
E descarregue, carrego ou deixo?
Decida se dedicar
À melhor parte sem medo

Você pode fazer tudo por alguém
Pode sim, mas mesmo que faça
Será que esse mesmo alguém

Não quer só que tudo se desfaça?

Somente a semente não basta
O ambiente ameniza e disfarça
Aguente as águas e as massas
Crescer é um ciclo que te laça
Você faz um balanço ou uma forca

Balanceando sua força

O infinito não se repete (4x)

Você se desdobra para descobrir ser feliz
E o que se cobra dobra até você querer sair

Defina felicidade e a felicidade se afina
É algo muito mais amplo, algo que vem lá de cima

Indo pensando que estamos evoluindo
Mas pesamos só por que estamos volumando
Na verdade nós estamos caindo

Somente a semente não basta
O ambiente ameniza e disfarça
Aguente as águas e as massas
Crescer é um ciclo que te laça
Você faz um balanço ou uma forca
Balanceando sua força

O infinito não se repete (4x)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nada a ver

[Ponte]
Ninguém aprendeu
A acordar, respirar, duvidar
Mas fomos automatizados
Por um lado a luz do sol que te acorda
Pelo outro a fumaça do mundo te respira
E por todos tão todos tão enduvidados
Não tem lados, o mundo é esférico e ainda gira!



[Parte I] 
Como se manter afastado
Do mal que sempre se mantém asfaltado
Em nossa terra natal, futura, atual
Todo mal é muito bem estruturado

Construímos famílias
Familiarizadas com as contruções tão cinzas
O tijolo colorido é então rebocado

Desbocado é o menino inocente sem guia

Vive em periferia
É muito diferente do que antes eu sabia
Periferia é contorno
Antes eu sabia dava ao desenho seu gosto


[Refrão]
Tudo que passou
Só me deixou um muito obrigado
Mas não deixou-me nem um pouco obrigado
A continuar do mesmo jeito


[Parte II]
Em vez de continuar quieto e sozinho
gritando com as multidões
eu preferi fazer umas canções

Se o que temos não tem nada a ver
Temos muito a fazer
Você olha no retrovisor
Para mudar de faixa não para retroceder

Não me leve a mal
Mas por favor me leve a algum lugar
Onde esconde a tal
Da vida que você diz cuidar?


[Refrão]
Tudo que passou
Só me deixou um muito obrigado
Mas não deixou-me nem um pouco obrigado
A continuar do mesmo jeito

 [Ponte] 
Ninguém aprendeu
A acordar, respirar, duvidar
Mas fomos automatizados
Por um lado a luz do sol que te acorda
Pelo outro a fumaça do mundo te respira
E por todos tão todos tão enduvidados
Que não tem lados, o mundo é esférico e ainda gira!

sábado, 20 de abril de 2013

Moeda de troca

Me disse que era uma questão de tempo
Mas tempo é uma questão tão fácil de resolver
Só somar um segundo ao seguinte
Ele é um bom ouvinte mas não para de correr

Eu disse que os ponteiros do relógio
Podiam se transformar tipo num ventilador
Sempre me falaram de bons ventos
Será que eu tenho tempo disso ventilar minha dor?

Um velho álbum de fotografias
Estranho seguir em frente pensando no que passou
Um novo álbum pra colecionar
E as figuras repetidas por que ainda não trocou?

Dinheiro nunca paga os seus sonhos
Nunca apaga os seus erros
E os seus medos não comprou
Por isso minha moeda de troca
Aquela que faço aposta
Tem no tempo o seu valor

Disseram somos produtos de séries
Mas eu aderi à greve, prefiro ser obra prima
Descubra a diferença em você
Não quero ter que te ver na coleta seletiva...

Me disse que era uma questão de tempo
Mas tempo é uma questão difícil de se entender
Não sei como quer perder seu tempo
Mas tempo é um jogador que nunca sabe perder

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cotidiano [Contando os dias e os anos]

Solitário
Seu pai era um rico operário
De uma mina de ouro que nunca se transformou
Na montanha russa que ele sempre desejou

Funcionário
De um bom presidiário
Preso atrás das listras da camisa social
Num paletó de força tão bonito e natural

Quando era pequeno 

Estudava em cadernos
Que seriam melhor aproveitados
Se em folhas de seda fossem confeccionados

Agora que cresceu 

Tem livros de papel-moeda
Primeiro mandamento da selva:Dá dinheiro, se apega!


É no cotidiano
Contando os dias
Contando os anos
Que se percebe
Que o tempo passa
Que a vida cresce
Que a sorte é rasa
Mesmo assim te arrasta
Se você não souber nadar
Mas você nunca sabe nada



Azarado
Poço de petróleo parado
Você encontra todo dia no trânsito
Era isso que queria, se não me engano

Sorteado
O amor da sua vida ao seu lado
você encontra Todas as noite
Mesmo que sua vida 
dure só uma noite

E ainda vem falar que não tem sorte

Mas quando o azar te pega
Pelo menino que reza
Antes de sair de casa para te matar
Por um acaso você sabe rezar?
Reza pra aprender tão rapidamente
Quanto rapta a mente por aqui
Toda essa dor é tão consciente
Sinto, mas é hora de você partir

É no cotidiano
Contando os dias
Contando os anos
Que se percebe
Que o tempo passa
Que a vida cresce
Que a sorte é rasa
Mas mesmo assim te arrasta
Se você não souber nadar
Mas você nunca sabe nada


Pressionado
Pelo medo da morte
Sabe quando sonha que está caindo?
A sensação é a mesma só que mais forte

Você vai passar quanto tempo esperando?
Contando os dias, contando os anos
No cotidiano...