Se for pra falar, que seja de verdade
Chega de hipocrisia, chega de falsidade
Próteses de proteínas artificiais
Artes faciais, se fazem, se fazem legais
Mas não são pois a ética da estética
Mal sabe que aquelas estátuas ecléticas
Sonham com a liberdade do outro lado da vitrine
Que se apresentam uma estufa, uma cela, o crime
Mas do lado cá não é nenhum paraíso
Só provação para os meninos prodígios
Tanto assassinato tanto jovem morto
E o governo só pensa em cobrar imposto
E se cobrem rostos e se quebra tudo
São manipulados pelo seu orgulho
E o meu orgulho reduz a minha culpa
Afinal sou alvo e não catapulta
Não tenho pra ir, o mundo não muda
Ninando bebês com bombas atômicas
As tragédias se tornam cômicas
Vão aplaudir de tanto rir
Eu me afogando em lágrimas
E o meu orgulho reduz a minha culpa
Afinal sou alvo e não catapulta
Conversas paralelas de um mundo ofegante
Como o coiote e o papa léguas tem muitas léguas adiante
Mas não parei, sigo adiante
Adiante antes que avance
Com minha banda, minha vida
É minha fé e minha família
E o meu orgulho reduz a minha culpa
Afinal sou alvo e não catapulta
Mas bate e volta
Eu só posso cantar por enquanto
Mas bate e volta
Eu vou acreditar mesmo em pranto
Mas bate e volta
Eu vou voltar com um novo canto
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