Páginas

Total de visualizações de página

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Terrenos Baldios

Terreno baldio
Meninos vadios
Transformando
Tem quem engessa
Tem quem engrena
Tem quem começa
E quem só encena
Tem quem termina
E quem condena
Tem as meninas
Que roubam a cena  também

Sou de um lugar meio distante
Santa Teresa, Novo Horizonte
Tem quem bate uma bola
Joga um game, enrola um inglês
"What's your name?"
Quem faz música tem de montão
Desde uma acústica até o tamborzão
Cheio de artista, mas a obra prima
Que mais se executa é a chacina
Ser um dormitório não é legal
Um mictório social, esgoto campal
É a vida real conheço bem, foi aqui que explorei o meu próprio pré-sal

Independente do ganho, do dano, do destino ou sorteio
Fizeram um curral aqui
Quiseram um rodeio
É agora tá na hora de chifrar o toureiro
Erguer o nosso troféu
Fazer um novo torneio

Vim de um lugar que eu não sei direito
Não existe mais, mas guardo no peito
Passei por fazenda, vários esquemas
Adaptação não é problema
Nascido em Salvador mas lá nunca morou
Rodou, rodou capital e interior
Eu morei em tanta casa que nem me lembro mais
Literalmente
Meu habitat natural são ficções artificiais
Literatura
Filho de uma babá cuidando de mal educados pra me dar educação
Nunca entendi a razão
Fui desmamado cedo e amado de longe
Vocês sempre tiveram um colo de mãe, eu sempre tive um "aonde?"
Foi tanto artifício que entre a arte e o ofício
Não é difícil entender qual é que me dá um sorriso
Sou retirante nessa história
Quando conheci a poluição a lembrança do cheiro da roça parecia leite de rosas

Independente do ganho, do dano, do destino ou sorteio
Fizeram um curral aqui
Quiseram um rodeio
É agora tá na hora de chifrar o toureiro
Erguer o nosso troféu
Fazer um novo torneio

Vou pra um lugar cada vez mais perto
Criar o meu dialeto
Por quê já ouvi muito bla bla bla babozeira
Mas eu também sou zuera
Sou um menino vazio em um terreno baldio
Com centígrados negativos
Tô limpando cada centímetro
O melhor bom costume é
Desacostumar
Só repare no perfume
Depois que respirar
Cupido não faz milagre em coração entupido
Pode desabafar
Por quê vou dar um xeque-mate de letra
É truco! touché! Me respeita

Terrenos baldios
Meninos vadios
Terrenos vazios
Meninos baldios
Terrenos vadios
Meninos vazios

sábado, 1 de agosto de 2015

Julho

Não seja uma presa da pressa
Não faça da feira a sua festa
Tem a vida inteira e o que resta
Não pode ser sua parte predileta

Eu não  sei fazer embrulho
Mas que surpresa
A vida toda pegando entulho
E uma certeza
As novas construções de julho
Têm mais que beleza
Tem que ser funcional
Tem que pôr na mesa
Como um caderno aberto
Lição de casa
Clima congelante, inverno?
Fogueira e brasa
Abraços e afeto dão asas, dão asas
Mas quem tem asas não se prende nem se amarra

Não seja uma presa da pressa
Não faça da feira a sua festa
Tem a vida inteira e o que resta
Não pode ser sua parte predileta

Sem atrasos sem atalhos sem desvios sem desmaios
Procurando outros lares
Diferente dos vizinhos que meditam ditados populares
Estamos encrustados como ouro bruto
Quem não é forjado se torna fajuto
Inédito imediato, insano e insulto
Birita, baralho, besteira, barulho
Eu não  sei fazer embrulho
A vida toda pegando entulho
Para as novas construções de julho
Para as novas construções de julho

Não seja uma presa da pressa
Não faça da feira a sua festa
Tem a vida inteira e o que resta
Não pode ser sua parte predileta

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Grito de Guerra/Canção de Ninar

E a televisão não substituía
A minha vontade de fazer telepatia
Com quem se assustava embaixo no subsolo
Com as bombas que explodiam a sua casa vazia
Não chore minha pequena criança
Eu queria atravessar o mundo agora e te abraçar
Como se fosse o último dia
Mas realmente foi seu último dia

Como somos tão egoístas
Será que é o medo de se perder?
Então se prende dentro de você
E esquece quem não tem mais nada a perder ou ganhar
Nada a perder ou ganhar
Nada a prender ou soltar

Sabe quando até que estava certo
Mas mil amigos ali caíram tão perto
Quando achou que era melhor ser revoltado
E errado viu mais dez mil caírem do seu lado
Olha só como passou ileso
Seu peso ainda é tão leve como no começo
Aproveite, apronte, tenha um bom proveito
Ainda bem que agora já sabe
Tudo é tão desproporcional
E pior é que nem tudo é proposital

Creches, crachás, clichês
Uma cadeia de cadês
Procurando achar uma razão
Razoável para se esconder

Universidades, uniformes, um dia
Tudo que era único virou alegoria
Nem tente fazer algum tipo de prognóstico
Se o diagnóstico é uma folha vazia
Os aniversários são como anuidade
Dos campos de batalha para os becos das cidades
Aqui se vive a quantas décadas de decadência?
Olha como é baixa a taxa de sobrevivência
Dos nossos ideais, dos nossos ideais


Nossa evolução é uma devolução
Do que tínhamos de bom para as ideias que virão
Não me acomodo nem me acostumo
Não troque o sonho de infância pelo sonho de consumo
A inovação não é uma inundação
Afogando o que tínhamos de bom
Por coisas que não são


Sabe quando até que estava certo
Mas mil amigos ali caíram tão perto
Quando achou que era melhor ser revoltado
E errado viu mais dez mil caírem do seu lado
Olha só como passou ileso
Seu peso ainda é tão leve como no começo
Aproveite, apronte, tenha um bom proveito
Ainda bem que agora já sabe
Tudo é tão desproporcional
E pior é que nem tudo é proposital


Creches, crachás, clichês
Uma cadeia de cadês
Procurando achar uma razão
Razoável para se esconder

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quem Vive de Mentira Morre De Verdade

Quem vive de mentira morre de verdade
Curva cruzamento cidade
Chuveiro cochilo casa
O perigo de uma chuva ou de um cachimbo
Não se cura só com caridade ou uma capa
Lar doce lar
Estrada
Mar salgado mar
Morada
Propriedade privada
Privacidade própria
De quem não tem mais nada
Pra compartilhar
Eu sobrevivi
Ao abuso da abstinência
Um exagero de exceções
Necessárias à sobrevivência
Felicidade são infinitas reticências
Só quero que ela tenha mais pontos que a concorrência

Respire fundo
Fale do assunto
Cante pro mundo

Admiro os que têm um norte para se orientar
E até os que só esperam o sol do oriente para se nortear
Mas eu peço que me escute agora onde você está
Quem vive de mentira morre de verdade

Somos crianças de futuro
Presentes de Deus
O que passou deixou seguro
Que o tempo é meu aliado
Mal humorado, chato e às vezes chateado
Por que conseguimos correr ao seu lado
Meu final feliz é o final de semana
Minha segunda chance é a segunda feira
Os que nem conhecem e os que já se esqueceram
Que o feliz para sempre é uma eternidade inteira
Amar sem ter condição
Recíproca não é reposição
Meu objetivo era somente
Esclarecer um som que iluminasse toda a gente
E no mundo tivesse mais luz que fizesse
Quem vive no mundo da lua como eu
Ter um sol diferente

Respire fundo
Fale do assunto
Cante pro mundo

Admiro os que têm um norte para se orientar
E até os que só esperam o sol do oriente para se nortear
Mas eu peço que me escute agora onde você está
Quem vive de mentira morre de verdade

sábado, 29 de março de 2014

Marche!

Quem cessa fogo é o César do jogo
Você é iludido Nero te faz de bobo
A guerra gera a cega que berra sem parar
A bela fez festa pra fera amedrontar
Quanta liberdade você já deu pra quem te priva?
Melhor cê despertar, amigo é quem avisa
Quem vem vê e vence as vaciladas
Alimentando a alma mal amamentada
Calma que eu vou te explicar direitinho
Certo estou que não vai conseguir sozinho
Você ficou muito tempo internado na sua internet
Entretido numa lona de LED

O que eu quero? Só quero que tudo melhore
Por favor não me implore que eu perca minha esperança
Inclusive em você
Se inclua no mundo que você quer ver
Se situa  no mundo que quer ver você
Se inclua no mundo que você quer ver
Se situa no mundo que quer ver você

Hoje eu acordo feliz, recebo boas noticias
Como se os anjos me fizessem uma entrevista
E perguntassem por cada pedido
E respondessem com alguns respingos de paz
Por que do céu só vem chuva e raio que cai
Por isso agradeço pelo sol raiando
Mesmo assim não esqueço do pior pairando no ar
Pode parar, não vai me abalar
Tô incluído na melhora do que posso mudar

O que eu quero? Só quero que tudo melhore
Por favor não me implore que eu perca minha esperança
Inclusive em você
Se inclua no mundo que você quer ver
Se situa  no mundo que quer ver você
Se inclua no mundo que você quer ver
Se situa no mundo que quer ver você

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Direitos Autorais das Letras

Para todos os fins as letras presentes neste blog estão protegidas pela lei do direito autoral (Lei Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998) e todas estão registradas tendo como autor Leonardo Santos Leal.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Brasa Brasil

Clássico, básico
Trágico, tático
Mágico, médico
Improvisado, estratégico

Se a cabeça batesse como o coração
Mas não bate bem
Não bate não

Ele até tentou levá-la para sua caravela
mas a combinação dela com a rede era mais bela
Navegar em altos ares, ah quem me dera!
Fez esquecer do seu castelo, sua Cinderela
Mas precisava de riqueza que amor não gera
Foi buscar mão de obra no continente-favela
Aquele lá dos faraós, do Nelson Mandela
Mas isso foi enrolado nos novelos das novelas
Moça, a favela é um favo e você é o mel dela
Minha óca não é oca
De chapéu de palha ou de touca
Palha de aço, Barro de louça
Nordestino, mosca de sopa

Novo horizonte
Você pode mover os montes até debaixo da ponte
O barraco o apartamento ou o castelo
É só o vaso pra sua árvore genealógica
Por mais que o belo seja uma lógica genérica
Eu acredito mais no amor do que nas artes bélicas
Cada um na sua família, na sua trilha
Entre Impostos e apostas, a virada acontece mas a mega nunca é nossa
Há pessoas que se importam da costela à costeleta
Mas não querem caminhar, esperam que aconteça, mas
Às vezes é a vez do ás
Tire a carta da manga vai

Se a cabeça batesse como o coração
Mas não bate bem
Não bate não

Rap, rock
Clap, clock
Café, cofee
Seja lá pra onde for, se mostre

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Pressa

Vai vacinar e acaba vitimando
Sem conquistar o que estava conspirando
cooperando e comparando quem tem mais força aqui
Meus desejos minha vontade ou a vantagem de seguir infeliz
Vivendo nessas maquetes maquiadas de realidade
Chove tristeza
E o borrão é desfigurado pela felicidade
Da família na mesa
Família, amizade
Sou amigo familiar da saudade
E essa mesa está

Lá lá lá lá Lá longe

Quero visualizar sem ter que virtualizar
E até ficar boquiaberto
Com a engenharia do concreto natural
Sair, fugir, cair, curtir
Selar, frear, cansar, catar
Acampar, acordar, acelerar
E dizer estou aqui
A serviço da coragem
Buenos aires, Santiago, Antártica, Atlântida,Troia
Fazendo história

Lá lá lá lá Lá longe

domingo, 17 de novembro de 2013

Não, Mas Quase

[Intro]
Me leva pra saltar de paraquedas
Lembra quando eu parei?
Lembra da minha queda?
Agora eu sei que o que me puxa me segura
Eu me cansei da sua censura
Mas voltei pra consertar o que eu quebrei

[verso]
Vou discursar sem discutir
Depois de ouvir quero falar
E ouvi tanto
Vi de canto
Me reduzi 
Pra redobrar
Minha atenção
Na sua situação
Eu até tenho uma opinião
Mas eu prefiro te deixar ser feliz como quiser
E eu não controlo o que você quer

Não quero mais
Tirar a minha paz
Do seu lado
Tirar a minha paz
Dos seus lábios
Tirar a minha paz
Do seu colo
Tirar a minha paz
Dos seus olhos

Não queira se arrepender
De não ter se arrependido
Ficar esperando de si mesmo
É se desesperar sem ser percebido
Não quero essa pedagogia de pedágio
Que me cobra até por ter nascido
Eu até quero viver como quiser
Mas eu não controlo os meus perigos

Não quero mais
Tirar a minha paz
Do seu lado
Tirar a minha paz
Dos seus lábios
Tirar a minha paz
Do seu colo
Tirar a minha paz
Dos seus olhos

Me leva pra saltar de paraquedas
Lembra quando eu parei?
Lembra da minha queda?

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Que Você Me Diz?

Fiz da parede meu novo espelho
E gostei pois vi várias imagens de mim mesmo 
Na silhueta que se fez
E cada um deles terá a sua vez

E agora é sua vez, 
Eu prefiro não interferir, por ferir
Mas só pra te fazer feliz
Seja a felicidade a nossa normalidade
O que você me diz?

Que seja tudo normal
Desde que o normal seja ser livre
Libertar aonde estive para que isso possa me guiar

É como construir
Um castelo de cartas com as melhores histórias
Que se escoram umas nas outras
Ou se escorrem e ficam soltas
O exercício é se equilibrar

Não é por que sou desconhecido e desabrigado
Que devo ficar desabitado
Ainda quero viver, quero fazer a vida me ver
De preferência ao seu lado

Na minha bolsa de valores não me importa
O valor da sua bolsa ou de suas notas
O brilho que me interessa é quando me olha
E me encosta na vontade de fazer bem mais
Por você por mim, pela nossa paz